Naquele pedaço de Céu brilha intenso agora um grande Sol amarelo,
as asas dos pássaros livres em sobrevoo fazendo faiscarem no azul;
um luzir do ouro fulgindo traz ledo à memória, em lúgubre pesadelo,
indeléveis restaram as cenas durante festim hílare enquanto taful.
Assentado em trono dourado soletre jazia ladeado por Guarda Real,
cercanias só franqueadas aos Nobres Príncipes da estirpe gloriosa,
luzente repousava em cabido espada como exposta num memorial,
rodeava o servo atendente do vinho, lépido, atento como mariposa.
Doce vinho de dourados alcatruzes bebiam à gloria do Rei e Senhor,
aos prazeres mundanos sorrindo, eram luxurias ali tão exuberantes
mas, todo esparramo profano não escapava aos olhos penetrantes.
Ao arrepio de torso, grafando surge no tapume de Nabucodonosor,
uma gavinha deixando ali desconhecidas palavras defronte castiçal,
de tanto terror treme o Rei presenciando terrível mão sobrenatural.