Seu rosto era frio perante o que seus olhos viam, mas por dentro seu coração acelera a ponto de sufocar seu peito, fazendo-o vacilar ao tentar respirar, o ar não chegava a seus pulmões com a facilidade de um momento atrás, ele tentava não olhar na mesma direção, porém seus sentidos não obedeciam, era como se cada terminação nervosa tivesse sido bloqueada, impedindo que ele esboçasse qualquer reação. Ele a havia amado como nunca jamais amaria a outro alguém, como se sua alma dependesse da energia vital que emanava da aura dela, passou noites se questionando porque o fim tão iminente de um amor que poderia ter sido eterno segundo o que sentia seu coração, até dias atrás ele ainda pensava nela como sua princesa em um castelo e que ele necessitava salvar seu coração das sombras, porém tão logo percebeu que o amor havia de ser sentido e cultivado por dois indivíduos, que ao conectarem-se em um mesmo ritmo, seu coração, sua alma, seu corpo , passariam a ser indivisíveis. Sua pequena princesa assim como Rapunzel escondeu-se na mais alta torre, tornando-se inacessível, impenetrável a todo amor por ele emanado, por mais que diversas vezes houvesse pedido para que suas tranças fossem jogadas para que ele a pudesse salvar, sua amada cortou seus longos cabelos, impedindo que seu príncipe pudesse alcançar o topo da torre e ofertar seu amor eterno. Algumas coisas simplesmente são como tem de ser, para amar a outro é necessário amar a si mesmo, mesmo que se ame e este não seja correspondido o que importa é que um dia se amou e essa é a maior capacidade do ser humano, amar, reamar e seguir amando eternamente. Não há de se esperar perfeição, porém a simples aceitação de outro ser humano tal como é, com todos os defeitos, é o primeiro passo para compreender o significado do amor.
Tatiane Nunes Freire
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Re: Amar/Aceitar
