Meu idioma íntimo é deveras polivalente,
Ecletismo adquirido com experiências da vida...
É sonso, não nego, de certas coisas se desliga
E não se preocupa com o que outrem sente...
Caracteriza-se essencialmente pela vaidade
De compreender-se a si mesmo sempre,
Esse egoísmo, diz ele, é imenso presente
De uma soberba que o torna anfitrião da verdade...
Aí está o pecado: a realidade não é pessoal,
Faz parte de um cotidiano que é universal
E ninguém deve aclamar-se único dono...
Ao lado da veracidade a mentira faz ponto
Preparada para assumir a fantasia de um conto
E transmutar-se de sinceridade em qualquer gono!