Letras de Música : 

Fado: Cheira mal, cheira a Lisboa!

 
 
Lisboa já tem Sol, mas cheira a escape
de uma noite de fumaça e bebedeira
e o turista mais atento que a retrate
descreve sempre a espessa fumaceira

Lisboa cheira a hidrocarbonetos
dos fiéis seguidores do ACP
cheira a gasóleo e a dejectos
A Lisboa do craveiro ninguém vê!

(refrão)
A segunda circular ocupada
cheira mal, cheira a Lisboa
A Avenida toda enfumada
cheira mal, cheira a Lisboa
o popó que se usa à toa
o motoqueiro é sempre a rasgar
cheiram mal porque são de Lisboa
Lisboa tem cheiros de escapes no ar

Lisboa tem o cheiro de curral
a varina já não se anda a lavar
O Saldanha e o Marquês cheiram mal
Há 10 anos que se andam a bufar

Lisboa cheira sempre a gasolina
queimada por motor de combustão
intoxica o puto e a varina
tal é a imensa poluição

(refrão)


João Pimentel Ferreira

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Domine, scribens me libero


Nota:
Vindo eu da Holanda onde a qualidade do ar é uma exigência popular, tendo chegado a Lisboa a primeira sensação olfativa que senti foi o cheiro a "civilização", de hidrocarbonetos e combustível queimado. E a Holanda tem 16 milhões de habitantes numa área igual à do Alentejo.

Assim dedico este fadinho à cidade de Lisboa e aos 500 mil veículos que a violam diariamente, estando a letra perfeitamente adaptável à música do famoso fado cantado pela diva Amália Rodrigues "cheira bem, cheira a Lisboa"
 
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jlpf
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/04/2015 09:43  Atualizado: 07/04/2015 09:43
 Re: Fado: Cheira mal, cheira a Lisboa!
Cada cidade tem um cheiro peculiar e seu, amo o Cheiro de Roterdão por ser sentido e fazer sentido em Roterdão, Amo o Cheiro ao Rio por ser o cheiro do Rio ou São Paulo, assim como o cheiro a Pequim desde que não seja a pato ou fábrica de objectos de curto uso.
Quando chego a Lisboa vindo de outros poisos, trago saudades dos cheiros das minhas cidades, talvez me cheire a isso mesmo, a saudade e Lisboa tenha esse cheiro peculiar a uma palavra inventada por cá e aqui SAUDADE.
Cada cidade tem um cheiro diferente que temos de apreciar tal como diferentes somos estes 15 ou 20 mil milhões de almas vivas, uma a uma de diferentes cores, credos e contradições.


Jorgesantos