Cântico do ano novo
Deo gratias
Elen de Moraes Kochman
Nos momentos finais do velho ano,
Muitos festejam, alegres, seu fim...
Trocam, por esperança, o desengano.
Comemoram em total frenesim.
Uma nova ordem e um novo tempo
Acolhem, com promessas descabidas.
Fazem juras e nesse entretempo
Esquecem-se das bênçãos recebidas.
A Ti, ó Deus, nenhum louvor é dado!
Só pensam em deleites... coisas vãs...
Ao corpo só prazer é ofertado,
Sem ligarem à alma em seus afãs.
E um ano a mais nos foi dado viver!
Sou grata, Senhor, por essa alegria!
Eis-me testemunha do Teu poder
E do Teu grande amor, a cada dia.
Sofrimentos, dores e as amarguras
Alquebraram-me, mas Tu me livraste
Das rotas sombrias e das agruras,
Do vale da morte me resgataste!
Houve momentos de agonia intensa,
Quando de mim fugiu toda esperança,
Mas Tu, ó Senhor, a minha descrença
Transfiguraste em bem-aventurança.
Em meio a um mar de lágrimas, sorriso
Deste-me, ao enxugar meu triste pranto.
Transformaste num louvor bem preciso
O meu lamento e o meu desencanto.
Hoje - e para sempre - aqui, ao meu lado,
Preciso-Te em cada passo que eu der!
Ensina-me a viver, Pai adorado,
Fazer Tua vontade e o que Te aprouver!
Eternamente, ser-Te-ei, Senhor,
Por tudo que me dás, agradecida,
Por me doares, sempre, o Teu amor
E o grande ensejo de uma Nova Vida.
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.