Soa o apito,
O trem parte
Levando adeuses
Embutidos de saudades!
Pelos trilhos carrega ilusão
E uma legião de esperanças
De sonhos a se realizarem
Na estação das quimeras.
Lá vai o trem
Soltando fumaça,
Cantando alegria
Feito carnaval...
Cruza montanhas e colinas,
Atravessa correntezas
De rios que sorriem
Da sua abundância...
Bosques e florestas
Ficam para trás
E das copas das árvores
Macacos acenam ressabiados...
Viajantes nas janelas
Recebem o cumprimento dos ventos
E observam admirados
O esplendor das paisagens...
Após longas horas
Dos solavancos agrestes.
Viagem concluída...
Agora é descer,
Encarar os dias,
Encarar o futuro...