Nunca fui poeta convencionalista, a tradição
Não uso, por saber que ela é a única razão,
Que nos leva ao erro, e falseia onde passa,
Aqui mais se parecendo com velha carcaça.
Nem nunca fui inflexível, senão co a religião,
Monstro horrendo, levando-nos à castração,
Através da retórica, usando a gente escrava
Como sequaz, a pérgula da excelsa palavra.
Poeta para mim não pode ser adepto e sim
Imune a qualquer dogma, nunca facilitando
A entrada impune, maculando o seu jardim.
Poeta é para os outros mas não dos outros,
Por isso, o seu carácter, deve ir exercitando
Pois ele difere dos demais, é como poucos.
Jorge Humberto
25/12/07