Requiem
Acabou.
Morreu o Amor.
Agora
é só despedida.
E descobrir
que estás apenas, por favor
na sua vida.
Ainda recordas o dia em que isso foi?
Não queiras recordar
que isso dói.
É dor intensa sem cor e
sem medida.
Acabou.
É hora da saída.
Mas tu não sais...
Tu ficas serenamente
a construir de novo
um ninho feito esperança
na curva do regaço.
Tu vais ficar...
Tu vais compor uma nova canção
e na dança rotineira desta vida
vais inventar, talvez,
um novo passo...
Fica.
Nem tudo é desencontro,
desalento,
cansaço.
Nem tudo se perdeu.
Depois da tempestade.
Talvez ressurja um punhado de Sol
numa nesga de céu!
Maria Helena Amaro
Concurso «Jogos Florais» da Casa do Professor
1991
1.º Prémio Poesia Lírica
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2013/12/requiem.html
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