Queima-se o tempo, incenso da vida. Remonto dias, esparramo horas. Aceito promessas de noites, escuto chuvas, minhas porções recolhem as telas, miragens nas janelas. Estou a contemplar o orvalho descer lentamente rumo á pétala, em atender, depois, a angústia do germe, a criar-lhe a rachadura ao broto. Aparto briguinhas de passarinhos, dou notas aos monólogos das cigarras. Queimo-me ao tragar o ar, que me mantém, vivo. Sou o lastro desse existir único, sou o gesto, ao Deus sou seu plágio, esboço do perfeito, projeto infinito.
,,,mas Deus gosta de ser assim também, na forma de Eu!