As pessoas tropeçam em mim e não me vêem
Será que eu virei um fantasma
Isso me consome mais que do que a a dor da fome
Ser tratado como um nada
Eu não brotei assim da terra
Como uma planta indesejada
Eu já tive vida e parente
So que hoje a calçada é minha estrada
E o mundão é minha casa
Mas ninguém vai querer me visitar
Pois ela não tem a segurança e beleza
E o aconchego de um lar
Hoje só sobrou a droga e a bebida
Como meus únicos amigos
Mas eu percebo a ironia
Pois alimento meu próprio inimigo
Mas eu prefiro esse suicídio
Que me tira da minha realidade
Válvula de escape necessário
Que as vezes me faz sentir feliz e covarde
Me ajude com o que você pode
Com uma moeda ou um sorriso amigo
Não vire a cara e finja que não está me vendo
Eu também sou um ser vivo
Eu invento amigos imaginários
Ou converso sozinho na multidão
Mecanismo de defesa que criei
Para escapar das garras da solidão
Eu não sou tão diferente assim de você
Pois somos filhos do mesmo pai
Só que nenhum irmão me estende a mão
Só me empurram na lama cada vez mais
Não quero mais carregar esse fardo chamado vida
Por favor Deus antecipe minha morte
Eu quero acordar nos seus braços
Ao lado de anjos e de acordes!
Dedicados as pessoas que a tratamos como fantasmas!Mas na verdade não os são!
Abraço coletivo
Samuel
19/12/2013