Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.
pegou dedos
d’alguns penedos
quebrou pedaços
abriu os braços
deixou-se largo
para arrancados
para perdidos
para derriços
fez-se regaço
e desses vinhas
retinha pétalas
e gramíneas
desgarradas
dos seus viços
e (ainda) caules
choramingando
em reboliços
e vinham andrajos
e peitos quebrados
e luar pingando
por todo lado
seus feitiços
e vinham
letras
pululadas
atraindo
palavras
entre um
mergulho
e um sorriso
um pouco vivas
meio afogadas
querendo arrimo
sem compromisso