DECOTE
Detalhe que me deixa fora das órbitas,
Que me futuca a sensibilidade carente,
Que me aprisiona num pânico de repente
E faz meu corpo arder em cócegas...
Ah... É um chamego íntimo desvairado
Que se me apossa da consciência em chamas
E me faz bailar no que a mente declama
Dentre lírios que perfumam meu universo orvalhado.
Magia e encanto que fazem do meu olhar apoteose
Num campo infinitesimal recheado por uma hipnose
Que é ventura do desejo platônico e sedutor...
Ah... Quão bela é a ótica deslumbrante de um decote!
Overdose do sensual que se descreve em lilotes
Da mais pura semântica donde há engenho e amor!