Nato sou da Brava Estirpe, da clã plantada em verde vale alcatifado,
nesga exuberante dos tesouros da Terra, córrego o corta esticado,
manso fluindo ao longo do raso, par dos seixos roliços aos embates,
nesse remoto Rincão, livres as cotovias cantam belezas sem rebates.
Tão doce o gorjear a expressarem amores nas tardes escaldantes,
ali sob a espreita das tímidas corças, atentas da prole aos balados,
frouxos somente ruídos das folhas, como ao Vento vozes falantes,
no esplendor da manhã voluptuosa exalando aljôfares perfumados.
Montanhas há, distantes, onde esconde o sol meia estema braseada,
delas em cinco, são os cimos tesos como os dedos de mão espalmada;
não dobram, cavam na flutuante alfombra Celeste, altivos que são.
Torrão Adorado, perdoar talvez possa nesta hora, neste momento,
pelo arrastado tempo a que me coimei quedar esguio afastamento;
com marejados olhos, quanto sinto, oh Rincão Natal, Magnífico Chão.