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Re: O que é mais importante:O poeta ou a escrita?
. . . do que expuseste; Samuel Leal Eloi, deixo aqui o ponto de vista meu...rs
(apenas opinando) sinceramente?! sendo este um site de escrita, um ambiente para o desenvolvimento da poética, da preservação e crescimento da Língua Portuguesa, faço e farei sempre que possíveis intervenções pautadas na liberdade de expressar-me como convir ‘do texto’, ao risco de ter de acatar de o meu comentário deletado sumariamente a pedido. é o que tem acontecido aqui ultimamente, mesmo que se restrinja a crítica apenas naquilo que fora escrito pelo autor quando fere grosseiramente a Língua, mesmo que no comentário não contenha ofensa alguma ao autor... enfim?! ’é proibido criticar’. então; é deixar correr solto para ver até aonde vai o caos... relevo as discursivas de vários versos, e opto pela vivacidade da citação aqui das obras de um autor popular, aliás, muito bom ter sido lembrado, pois, Patativa do Assaré, o Antônio Gonçalves da Silva, me possibilita fazer uma boa comparação, da diferenciação duma escrita ‘matuta’, da má escrita, dos arremedos de poesia. no primeiro caso, a obra desse autor se destaca por se distinguir pela marcante característica da oralidade. seus poemas eram feitos e guardados na memória, para depois serem recitados. daí o impressionante poder de memória desse autor, na sua capacidade de recitar qualquer um de seus poemas, mesmo após os noventa e tantos anos de idade. é sabido que a transcrição de sua obra para os meios gráficos perde boa parte da significação expressa por meios não verbais; voz, entonação, pausas, ritmo, pigarro e a linguagem corporal através de expressões faciais e os gestos que realçam características expressas somente no ato performático (como ironia, veemência, hesitação, etc.). a complexidade da obra de Patativa é evidente também pela sua capacidade de criar versos tanto nos moldes camonianos (inclusive sonetos na forma clássica), como poesia de rima e métrica populares (por exemplo, a décima e a sextilha nordestina). ele próprio diferenciava seus versos feitos em linguagem culta daqueles em linguagem do dia-a-dia... como dito no inicio, ‘matuto’
então reponho aqui a pergunta: O que é mais importante: O poeta ou a escrita? posso arriscar sem medo de cometer alguma injustiça e pôr que: ‘Não se seria poeta se pra ele a poesia não lhe fosse importante também como exercício de escrita” . num contexto geral a poesia pode advir de várias formas, e a nossa escrita é grafada pela Língua Portuguesa, sim, e deve ser respeitada mesmo nas várias formas de representação popular e regionalidade, como no caso da poesia posta nos cordéis do Patativa do Assaré, mas, não se pode admitir como cursiva racional numa representação literária, a aceitação da palavra mal escrita, se apresentada e aceita como correta com deformidades de grafia. é inadmissível...
“Mas se uma pessoa tem mais sorte E nasce filho de um pai rico Automaticamente irá falar Um português mais certo e limpo”
como inaceitável é, de todas as estrofes, esta, (apesar de estar bem escrita) por eu discordar completamente da mensagem. não depende de se ser com mais sorte, ou mais pobre e ou mais rico para se falar um Português fluente e esceve-lo mais limpo. Conheço muitos que nasceram e viveram paupérrimos e hoje doutos , em contra partida, sei de daqueles nascidos em berços de ouro e vivido em facilidades financeiras no entanto desprezaram o conhecimento em detrimento da cultura do dinheiro farto. e no meio dessa cizânia, ainda encontramos casos estranhos como o que relatei dias atrás, que segue:
“...tivemos um ex-presidente semianalfabeto, o Luiz Lula PTralha da Silva, que para justificar o injustificável, disse em rede nacional asneira semelhante, de que não se precisa de estudo pra se chegar ser presidente... pois eu não tenho o menor orgulho de ter tido um presidente semianalfabeto, e o que pior, da insistência dele em jactar-se a cada momento de não ter estudado, não ter cultura, constitui péssimo exemplo, sobretudo aos jovens, principalmente por vir de um ex-chefe da República, com o peso e a carga legal, moral e simbólica que o cargo requereu. por isso, meu caro; maior estorvo é renegar a escolaridade, o estudo, a frequência à escola e à universidade, quando se sabe que são veículos inequívocos que abrem horizontes, aprimora a compreensão do mundo, ensina a importância do contraditório, disciplina e direciona o uso da inteligência, prepara o indivíduo para a profissão, para a vida, para o mundo...”
são dos exemplos que acontecem as mudanças de comportamento; umas lamentáveis, outras louváveis, são opcionais; talvez por isso toda essa 'desimportância' de se querer escrever corretamente, ou de corrigir-se etecétera e tal...
aquele carioquíssimo abraço. . . .
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