Nos estertores da morte inevitável retesou de freixo o arco,
uma ultima seta de vara de salgueiro emplumada célere voou.
Aos companheiros suplicou que onde caísse ela fosse o marco
a jazer indelével sobre a campa que seu corpo terreno inumou.
E ele morreu, lá foi sepultado. Naquela mesma noite no nevoeiro,
um primeiro toque foi do vento trazendo-lhe um abraço afetuoso,
no silencio sonolento como das pedras alvernadas do mosteiro,
onde encerrada Marian deitava lágrimas do semblante umbroso.
Prestos sobre a campa brilhavam de pirilampos esvoaçantes luzes,
ante tristonho som, murmúrios dos vimeiros milenares, cruzadas,
acolhidos foram na esvoaçante fumaça da bruma à guisa de cruzes.
Como às labaredas, doze arqueiros em verdes panos alimentaram
- morto Robert de Locksley – as canções quais foram eternizadas,
ora lendárias proezas, as exultações então os pesares suplantaram.