Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.
quando recosto-me no limiar da inapetência afogo olhar em mudo mar onde navegam pirilampos e,
as estrelas; pequenos faróis abrumados
ao redor; tudo amordaça-se, desfalecendo-me o sentido do ouvido.
é quando chegas sorrateiro, amparando-me e conduzindo-me a outro rumo - deita-me em manto sedoso e abraça-me deixando-me em prumo; apta a receber enxurrada rebolada dos teus versos onde tuas palavras escancaradas tamborilam meu corpo retinindo sons como avalanche de latas.
meu tempo apanela-se condimentado de ventos, cheiros e gostos e de barulhos e rostos; transforma-se em caldeirão fervente de ínfimas partículas sobrecarregadas de ti.