Poemas -> Surrealistas : 

re.construido

 
Open in new window


Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.

Open in new window

quando recosto-me no limiar da inapetência afogo olhar em mudo mar onde navegam pirilampos e,
as estrelas; pequenos faróis abrumados

ao redor; tudo amordaça-se, desfalecendo-me o sentido do ouvido.

é quando chegas sorrateiro, amparando-me e conduzindo-me a outro rumo - deita-me em manto sedoso e abraça-me deixando-me em prumo; apta a receber enxurrada rebolada dos teus versos onde tuas palavras escancaradas tamborilam meu corpo retinindo sons como avalanche de latas.

meu tempo apanela-se condimentado de ventos, cheiros e gostos e de barulhos e rostos; transforma-se em caldeirão fervente de ínfimas partículas sobrecarregadas de ti.
 
Autor
MarySSantos
 
Texto
Data
Leituras
886
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
10 pontos
2
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/12/2013 19:15  Atualizado: 11/12/2013 19:15
 Re: re.construido
que maravilha de poema. tens a subtileza do artista que se esmera a cada fôlego. mil parabéns, Mary.