Ó povo que estás a dormir
Acorda bem esses olhos?
Ofereces a quem te pedir
Nem te vão deixar os folhos
Muitas campanhas no ar
O pobre a dar a pobre
O rico está a arrotar
Vendendo sabão por cobre
Utilizam trabalho precário
Ditam desemprego à frente
Três tostões e um operário
Chilindró para o valente
As roupas que não te servem
Essas servem a muita gente
Não deixes que te endividem
És mais pobre e não estás crente
Dá o prato a alimentar
Mas olha bem o teu filho
Pensa se lhe vai faltar
A trama nasce do trilho
Exige de quem tem que dar
Tu já pagas para isso
Não te deixes mais roubar
Pensa em todos que é preciso
Cristina Pinheiro Moita /Mim/