nesta primavera que se vai
mais pessoas estão tomando sorvete
algumas se sentam a acendem fogueiras
observam as flores sendo aguadas
e quantos cappuccinos são vendidos.
nas máquinas automáticas de café.
muitas vezes há a vontade de vomitar
vendo como são frágeis as chamas
carregadas pela brisa da manha
enquanto espalha cheiro de pão
as faíscas voam alegrando as noites
célere, a cidade repovoada pelos insurgentes
libera o transito de todos os bêbados
percorrerem a escuridão com entusiasmo
alegres aos trejeitos e gestos trêmulos
mas o sol se vai, a terra gira e a lua no horizonte sobe
os arbustos tomam cores exuberantes
sob o brilho prateado no escuro sólido
um rinoceronte pálido tirou o chifre
para limpar a neve que derretia
dos altos alvos cumes do kilimajaro
molhando nuvens fazendo poças no céu azul.