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A força verde dos caboclos.
Índios balançando maracás espirituais.
Eles representam quem sou antes da culpa
dos manuais sociais
da cultura que nos une
e desagrega.
Nós, degredados filhos de Eva!
Ainda vivendo no paraíso
Terra,
éden infinitesimal.
O índio sou eu possível
em união com minha casa natural.
O solo que piso.
O céu sobre mim.
O sol irradiando
fagulha de vida
para eu e pássaros
cantarmos.
Flutuo no mar desse amor,
verde,
arbóreo.
Fico quase aéreo,
pendurado nas folhas
desse sentimento etéreo
de tornar-me o índio que sou
por detrás da cara pálida.
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