Adormeço nas folhas caídas
no embernar fluido dos dias
leve é o vento que geme
na alma de mim, esquecida
Teço asas coloridas
na cor cinzenta da noite
voo em arrojos perdidos
no dorso duro da vida
Flutuo nas encostas orvalhadas
dos vales cavados do fado
aspiro de uma só assentada
a história d`um amor roubado
Na tez navega o gozo
dum beijo dado pelo vento
molhados são os lábios que chama
o nome do seu doce lamento
e adormeço nas folhas caídas
arrancadas pelo próprio tempo
Escrito a 24/11/13