Porque tamanha cobrança
A m'alma ainda que criança
Vislumbra mundo diferente
Aquele que não se vê se sente
Sou um ser faminto de afeição
Acalenta-me dor de uma paixão
O meu sofrer para m'alma é prazer
E não a ter, para mim não é assim
Tão ruim
Minhas marcas são tão antigas
Vincadas pelas espadas samurai
E a dor é minha tão doce amiga
Assim como fosse
Uma velha ferida
Que já não dói mais
Meus caminhos são as armadilhas mortais
Pecados consumados marcaram meu destino
Apesar de me sentir como um menino
Eu ouço ecos das antigas recordações
Que tão somente são sinais, mas não explicações
Eu preciso novamente renascer
Neste deserto que me encontro
Apesar não sentir, não quero mais viver
Eu te peço, ouça meu grito
Perceba aquilo que escrevo
Sinta a dor, o meu desespero
Ajude-me a sair deste abismo
“Ouça meu grito!”
Alexandre