Jamais pedi demais nessa vida Aprendi a duras penas as bem-querenças Da essência oca do desquerer Daí que ajuntei riqueza. E foi Tanta pedra, prata e ouro branco... O tesouro cedi pr’a libertar um canto Girar em falso, suingar uma valsa frouxa, Mergulhar no precipício das boas andanças... De certa forma, nunca fui homem : Nunca deixei de suster-me criança Pouco me travesti dessa gente grande Essa imensa gente tão importante Que roda o mundo pelas obviedades Das ruas lotadas das cidades gigantes... No meu ser de homem falta um naco Que não cobra, não se desdobra Foi desde sempre que vinguei semente Foi desde agora que minei lembranças Agora, lua-nova, trajo-me de ter esperança De que o nunca, só desta vez, vire sempre...
*quanto a forma- cOisa que sei que não dás bola...rsrsrs- achei-a fluida, melódica, como um dançar, um prá lá, dois prá cá.... o conteúdo me encheu a alma e fui me 'desquerendo' contigo... e sim, de adulta nada sei. Ge_nial como sempre! Beijoka*