Quando éramos uma família com 5 pessoas
(a família que formei com meu casamento), os dias que antecediam o Natal eram de pura festividade, preparação, ansiedade e tudo mais que essa data nos trazia.
No começo, tinha até uma certa confusão para unir a família dos 2 lados, ou dividir as festa: Passando o Natal com a minha e o Ano novo com a do marido, ou vice versa...
Mas um hábito tínhamos sempre: montar o "Cantinho do Natal' logo em novembro, depois que passasse o aniversário do meu filho mais velho, Felipe.
E meus filhos, eu e o marido, juntávamos todos para fazer isso, a festa começava nesse momento.
Com o tempo, os filhos mais velhos se casaram. Restavam eu, o marido e nossa caçula Catarina, para fazer o nosso cantinho natalino. Ela curtia, assim como os irmãos anteriormente também.
Mas a família diminuiu, o marido morreu. Eu e Catarina no primeiro Natal, a sós, montamos sozinhas.
Depois, no ano seguinte, meu atual companheiro que já estava comigo ( foi nosso primeiro Natal juntos), me ajudou a arrumar tudo com Catarina também, mesmo ele sendo ateu.
Mas o 'encanto' dessa nossa tradição foi se esvaindo e Catarina no Natal seguinte, passou com os avós e não me ajudou. Atualmente, ela é agnóstica.
Quem arrumou o cantinho? Foi apenas Fábio e eu.
Bem, e por aí foi, já passei outros Natais com apenas eu, me importando...
Esse ano, quando Fábio e Catarina viram, eu já estava com tudo pronto!
Aqui está o resultado simples, mas feito com carinho: Porque eu nunca perdi meu espírito natalino, mesmo "aos trancos e barrancos" dessa minha vida, preservo isso.
Só postei agora, mas que já está pronto desde o dia 12 desse mês de Novembro.
Um presépio, uma diminuta árvore, colocada dentro de um saco de Papai Noel, luzes coloridas, anjos, fitas, mini caixinha de presente com harpa e um quadrinho que tenho há muitos anos, com a letra da canção:
"ENTÃO É NATAL", que teve aqui no Brasil, a cantora Simone, como intérprete.
Espero que apreciem, o 'Cantinho do Natal' mais solitário dessa casa, pois é só meu e parece que para sempre será dessa forma. Isso me deixa muito triste, porque queria que fosse especial para os que me cercam também...
Fátima Abreu