Espreita-me! O teu passo furtivo e brando
dilacera-me a alma, com uma larga adaga
cravejada de diamantes e de verdes esmeraldas,
tesouros retirados de montanhas encobertas do frio.
Abraça-me! Em meio multidões, quando
abraça, beija-me com teu hálito nobre,
as estrelas acendem-se, brilhando,
altas, separados sol e lua, esperança.
Queira-me assim! Olhe-me assim!De pranto
agora, aurora de espanto brota,
queime na fogueira este olhar de feiticeira...
E enquanto em ardor estou a queimar, enquanto
em êxtase liberto-me em amor, uma maçã
mordiscada, encante-me com sua voz lúdica!
Viagem nos sonhos e sintam na alma o que é poesia!