refaz teus caminhos percorridos
no chão de minha vértebra
sobe e desce vertiginosamente com cuidado
como quando retiraste-me as meias
no esmero de não mordiscar o tecido
estanca surpreendido a
cada descoberta; poros
transpirando as pétalas
das açucenas tatuadas
nas cordilheiras morenas
verte cálices interrompidos
por gemidos nos leitos da geografia com lábios sugando
gota a gota licores
lascívios da sedutora poesia
e tua boca a colher
lentamente em meu
corpo o orvalho soletrando
maliciosamente
ma
dru
ga
da
.
.
.
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.