Há instantes em que não posso olhar-te
Porque ver-te é ver o sol
E o sol não podemos nele atentar
De ânimo leve por nele o meu olhar.
É que o sol
Ás vezes é implacável
No calor que emana
E tu escaldante como o sol
Nem sempre deixas que te olhe
Decerto por amor esquivas-te
Ocultando-me o fogo do teu ser
Mas deixa que te adivinhe
Que te agarre de olhos vendados
Que assuma o amor que se levanta
Da nascente daquele que sou
Desde o mais remoto e aceso de mim.
Antonius