Deito-me nos umbrais das horas dos afagos dum templo, que desenhei sem ti vitrais pintados, dependurados em mim reflexos espelhados desse odor a carmim
descanso na soltura das palavras a doçura d`um suspiro entrelaçado em fonemas a lamber-me a mente como uma pétala despida inundando o corpo em forma de poema
e o fado geme em mim, numa ária inacabada dum trecho subtil escrito por mãos cansadas na vida que me abraça em cada pequenos nadas