As tuas mãos: como caminhos.
Agarrando e puxando desmembram trilhos.
Mas afinal onde queres chegar?
Perante a tua cara só me rio
Com o riso amargo contaminado pela raiva de
Ter de mais uma vez saber que existes.
Desaparece daqui; as tuas mãos
Não agarram nada, nada, não
E não tens caminhos que possas abrir.
Que esteja frio na rua e eu nela
Tudo bem - logo será Primavera.