Poemas : 

No curso do terceiro olho que nada vê

 

Frutos de minhas entranhas,
não me cabem na palma da mão,
não tripudiem sobre agonia
do terceiro olho que nada vê,
não pisca nem lacrimeja.
De regra pacato e paciente,
às vezes emite toada estridente,
estrídulo boato estampido baque,
tanto inócuo inocula peculiar olor.
Se acuado, suculento concute,
estronda rugido sucursal
oscula o vácuo sopro desabado.

Ostenta ósculo no corpúsculo,
pedúnculo vascular sacudido,
perpendicular à cuba tombado.
Curioso córrego no curso,
de longe observado concupiscente
pela lúbrica concubina cúprica,
lidima espoleta de concussão.

Ah! Na palma da minha mão,
bicudo calculo volume da cuia
cujo encubado olho inocula.
Curioso, arrio culote curto
emprestado de hercúleo cunhado.

Em decúbito a cueca recuo,
tenra a tez acumula cuidados
da película de assepsia cutânea,
acondicionado no retículo pomposo.

Esse meu olho não tem menina,
sem cílios nem sobrancelhas.
Cúpido enxerga no escuro,
avança curvas tentáculos,
quando precisa despontar:
quando se tranca aplaudo.

Concluído com êxito ridículo preito,
a cúmulos também se esvaem,
volta a ficar fechadinho
meu terceiro olho que nada vê,
debaixo de frondoso cupresso.
ou cenáculo alelopático inocupado.



 
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Zambrito
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