O Sol ao despertar já é vermelho
Como que envergonhado do que vai ver
E eu, em o vendo chegar me ajoelho
Peço-lhe que nos dê uma vida com prazer.
Escondido atrás das nuvens negras
Que envolvem esta Terra de ilusão
E se por vezes ele foge à regra
Espreita timidamente, com emoção.
Eles disseram que a Terra era azul,
Eles mentiram.
A terra é vermelha como o sangue
Todos viram.
É a mistura do ódio e do fogo
Que lhe dá a cor.
Se ela fosse azul e não vermelha
Era só amor.
Nesta Terra onde o ódio impera
Também há amor aqui e além
E o Sol em dia de Primavera
Aquece os corações como ninguém
E à tarde, quando ele se vai deitar
Despede-se com ar meigo e quente.
Deixa a Terra com a luz do Luar
Desejando-nos um amor ardente.
A. da fonseca