Poemas -> Desilusão : 

Diamante de sangue

 
Tags:  Matéria-Prima  
 
Tu tens estado na minha mente
e eu estou a tentar ter amnésia,
O amor era uma vertigem diferente
que me aproximava da tua falésia,
Se devia mudar a postura de fidalgo
devias ter deixado o pois para depois,
E agora eu tento descobrir algo
incrível como tínhamos nós os dois,
Mas eu não encontro um sentimento
que se compare ao que sentia por ti,
E esse processo foi tão lento
que acho que ele encravou aqui,
Nos meus olhos chove torrencialmente
porque ainda te vejo nos meus braços,
Eu devia ter iogurte no recipiente
e acho que já só tenho os pedaços,
E foste tu que destroçaste cada pedaço
quando ouvi o após da tua voz,
Dizer que eu não te dava espaço
agora vê o espaço que há entre nós,
Eu era um atalho para o teu agasalho
mas agora tu já não te empolgas,
Só porque tu eras o único trabalho
onde eu abdicava de todas as folgas,
Estava disposto a ver o teu teatro
mesmo quando não haviam ondas sonoras,
Porque eu só queria que me desses 24
As tuas 24 Horas!
Lembro-me de brincar com o teu cabelo
e borrar a tua maquilhagem com beijos,
Agora eu dou com o meu cerebelo
a ser o mais derretido dos queijos,
Pois mandaste-me com tantas granadas
que toda parte do corpo precisa de doador,
E antes as nossas lutas com almofadas
acabavam sempre quando fazíamos amor,
Fui imaturo e não é forma de expressão
nem perco a razão porque eras como eu,
E eu só não usava protecção
porque queria muito ter um filho teu,
No meu coração tu deste um nó
por isso escrevo em letras gordas,
Tu não eras uma estrela só
tu eras as estrelas todas,
Para te encontrar meti a vida louca
porque a única que queria eras tu,
Mas só mostraste ser a troca de roupa
que me deixou completamente nu,
A energia do universo não foi cínica
como uma superstição de setes e trezes
Quando ela disse que a nossa química
era infinita um milhão de vezes,
Conta quem viu que o que me impediu
de forma aparente de eu seguir em frente,
Foi a minha mente que explodiu quando viu
que o nosso fuso horário era diferente,
E quanto mais eu me vejo fechado
mais elas me vêm disponível,
Quanto mais me escondo como o Mascarado
mais acham que sou Hulk, O incrível,
Eu sempre fui a favor da monogamia
porque só o teu beijo tinha um sabor doce,
Mas no fundo o que tinha era alergia
por menor que a tua epidemia fosse,
Eu fiquei dividido ao meio no teu corte
de morte como um trovão de Zeus,
E o facto de eu te desejar boa sorte
significa apenas que te estou a dizer adeus,
Se isto não é amor que ele me partilhe
pelos céus como se fosse um boomerang,
Por isso não me peças que eu brilhe
porque agora o meu diamante é de sangue.

https://www.facebook.com/amateriaprima ... 745255089/?type=3&theater

 
Autor
LuísDiogo
 
Texto
Data
Leituras
1103
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/11/2013 19:16  Atualizado: 19/11/2013 19:16
 Re: Diamante de sangue
Muito profundo e belo!

Estas de parabéns!

Anggela

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/11/2013 19:30  Atualizado: 19/11/2013 22:38
 Re: Diamante de sangue
é o segundo texto seu que leio, e creio firmemente que se condensasse-os teria então mais plástica poética, e assim, mais agradável de se ler, já que no bojo há alguns versos interessantes.
um abraço caRIOca

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 19/11/2013 22:55  Atualizado: 19/11/2013 22:55
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: Diamante de sangue
Poeta Luís
Apreciei a leitura! Beijos!
Janna