As estradas rugem o metal das aventuras
vou seguindo em ti a libido que desloca o eixo
da loucura das avenidas enfadonhas até a solidão
rural dos galos de briga, e neste caminho molhado
de enganos, dispo o que aprendí e já não serve de nada,
e visto, como túnica de profeta ou de rei, tuas
lágrimas de orgasmo sem nenhum pudor.
As carnes cruas das amantes que não tive e abandonei
porque estou com você enlouquem lobos bêbados
e vampiros banhados nas águas das sacristias sem fé,
retiremos dos cofres não o número da besta dos bancos,
mas a rosa das origens, para que presa entre meus
dentes afiados de gula pelo teu corpo de odalisca,
nossas carências se fartem de nunca fartar,
e livres como santos que não foram canonizados,
possamos dizer um ao outro quando repousar na caverna
for a senha p'ra nos agarrarmos ao amor,
que nunca deixaremos de querer um ao outro
ainda que planetas nos distanciem na carne,
pois dominamos o caminho do espírito
[size=medium]Eriko y Alvym[/size]