Bandos de solitários passam sem destino
pela rua vazia que nunca vai ter fim,
montados nas éguas loucas de cio
palhaços morrem no fim dos risos,
armaduras da catalepsia vulgar.
A escuridão apenas disfarça
a paixão dos criminosos,
escondidos nas cavernas do Poente
esfaqueiam apóstolos acorrentados
aos paredões das tiranias impotentes.
O tempo nos fará esquecer o sol,
a arte sobreviverá nos epitáfios,
os caminhantes já vão longe,
tão longe como a razão, tão longe
como a mulher que vagueia sob a chuva
procurando os ossos dos antepassados,
desilusão: qual a bandeira do teu navio?
O amor me foi servido numa taça de sangue,
o amor me foi entregue num colar de lágrimas,
o amor foi enterrado aos meus pés
para que garras do pânico nascessem.
Não vamos mais esperar boa vontade
ou arrependimento: a hora é de tomar o controle
e dizer Adeus a quem não entende
[size=medium]Eriko y Alvym[/size]