Era previsível, que, o amor, de tantos anos,
Voltasse a trinar, as vozes únicas, do fado.
Nunca viveu longe, nem desatinado,
Apenas se havia perdido em desmandos.
Abriu-se em flor, como sempre aprendeu
E viveu, para ser na noite, a luz dos enamorados.
Como é precária a saúde, a ela sufragados,
Perdeu-se a poesia, e o que nos comoveu.
Tem o homem e a mulher o grande condão:
De pensar, repensar e de mudar pensamento.
E é esse o nosso grande e enorme alimento,
Com que, respirando, ouvimos a voz do coração.
E ele, voltou a sorrir – como é grato o amor,
Quando, às tantas, se voltou a falar, em harmonia.
E quando, de ora em diante, o retorno da alegria,
É a mágica magia, que nunca guardou rancor.
Jorge Humberto
16/11/2013