Poemas : 

A cura (para o que sobrou do Milton Filho)

 
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A cura (para o que sobrou do Milton Filho)







Vou fatiá-lo, Milton, até à invisibilidade dos átomos,
Até que se torne apenas uma remota probabilidade.

Vou ajudá-lo, Milton, a encontrar a morte e,
Não descansarei, não o deixarei em paz
Até que você se depare com o teu fugidio ser.

Vou arrancar as tuas máscaras, uma e depois a outra,
Até chegar na medula do teu legítimo pensamento.
Inverterei minha misericórdia,
Por isso te serei o mais cruel possível.
Vai doer, devo avisar para que não racionalize na surpresa.

Vou expulsá-lo desse corpo,
Você o vilipendiou muito acima do permitido.
E mostrarei a pessoa execrável que o habita.

Para você será guerra hedionda resvalando para a covardia,
Mas para Mim, senhor das coisas improváveis,
Será apenas uma simples cirurgia,
Uma plástica profunda, se assim preferir.

É chegado o tempo da urgência
E o meu bisturi irá separar a tua flamejante hipocrisia.

Eu sou o médico cirurgião de tua alma sofrida
E sou aquele que sofre em tuas lágrimas,
Sou aquele que vive em tua miserável vida.

Os céus ouviram o teu apelo.








Iogananda
13.11.2013
 
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Iogananda
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