Sentado no bar
Vejo o cigarro
No cinzeiro a esfumaçar
A essa imagem me agarro
Que nada é infinito
Até o fumo desaparece
E no dito e não dito
Tudo eventualmente se esquece
Ou porque a cabeça quer
Ou somente o tempo enterra
Todas as memórias de um viver
Em tempos de paz ou guerra
E procuro o medicamento
Que me faça começar do zero
Quero-o a todo o momento
Por algo novo sempre espero.