Os devaneios da mente
Atacam o coração
Fazem das palavras balas
Das rosas uma ilusão.
Fica-se na solidão
Numa imaginação constante
Andamos a deriva
Corroídos pela imaginação.
É uma doença silenciosa
Num mundo imaginário
Para uns é loucura
Para outros, não passa de ilusão.
O silêncio, são correntes
Espinhos cravados na mente
De um louco sem loucura
Na mente de quem o cura.
Perdemos a moral
Vivemos como autómatos
Estatuas vivas de carne
Que os ossos seguram em vão.
São trevas ou paraísos
Num tempo que não parou
Um dia seremos todos loucos
Nem que seja de amor.
(Gaspar Oliveira)
Gaspar oliveira