Guardião das sombras
Das que estão dentro
Internas
Tenebrosas catacumbas
Guardando destroços
Excrementos de uma vida
Que nela fixaram residência
Alma no crepúsculo, exigência
Falência de tudo que um dia foi belo
Daquilo que era um, não mais
Transformando o que era lindo castelo
Num mar de favelas, escura e podre
Podre como tudo que existe
Pois apenas nos cercam coisas tristes
A deterioração da matéria
Espasmos de fome, violências e guerras
Assombra um mundo C Ã O
Verme assassino esmago com as mãos
E ela, com uma navalha afiada eu decepo
Pois jaz contaminada então
Por isto eu sou guardião
Alexandre