O Mar da vida é portentoso
em ondas que vem e vão
Balança maré sacode Maria
Na flor, flutua maré
No seio, esconde Maria
Ora no fundo ora na flor
Na dor, ora Maria.
A brisa agita as águas
formam marés
lavam cabelos de Maria
Respinga os chumaços
as pontas
uriça o sarará
Enrosca
a calda
atiça a crina
o pêlo
o dorso
arrepia a donzela
orvalhando as entranhas
molhano Maria.
Águas tranqüilas, serenas
dançam suavemente na flor,e
baila os pensamentos de Maria
Trêmulas vão
Junto, sonhos
ondas seguem
Medo que vibra
avolumam-se do nada
e assustam
feito marés feito Maria
Primeiro brando
Lento
Paliável
Fervuriano em bramidos
levanta feroz, a voz
ecoa pertubada, até quê
por fim...
friamente
numa peculiar calmaria
de mulher, de maré
de maria
deita mansinho
borbulhando em cochichos.