Ai os olhares de soslaio
que se deitam quando se quer mudar uma velha
de pés cravados no palco depois de longo e permanente ensaio.
Ai que tantos são os olhares... todos de esguelha
em modos de irem conjurar uma maldição fulminante como um raio.
Que rezas virão com juras de parelha
quando nem a alma nem a razão são de maio.
Ai o “sim” que sai da boca para fora para fazer jeito aos donos
quando nas esquinas e nos cantos se roem ossos em segredo.
Ai que arrelia esta, a de todos os monos
que por deixarem o ar dos pulmões envelhecer de medo
se deixam cair em largos lençóis e incontornáveis sonos.
Que coisas virão para além do degredo
e da perdição desenhada em tão carregados contornos?
Valdevinoxis
A boa convivência não é uma questão de tolerância.