Três dias que não lhe vejo.
Cartazes com sua imagem estampam as manhãs de nossa cidade.
De fronte a teu belo rosto, me vejo ainda mais só.
Tivesse se despedido. Me dado um beijo e ido.
Nunca mais me visto. Me distanciasse.
Me odiasse ou me fizesse adoá-lo. Nunca mais o vi.
A três semanas não lhe vejo.
Aquele começo de noite, que lhe vi pela ultima vez.
A oração das seis repete o brilho dos teus olhos,
Chamuscados de uma tristeza que nunca poderei entender.
Você estava só quando se foi?
Ou me observou de longe, um adeus silencioso,
Um delito de desejo de desistir.
Há três meses não lhe vejo...
A verdade é a que não há.
Você não morreu. Você não vive.
E fez isso com tanta gente.
Porque me iludo com um dia em que lhe encontro na rua.
Fantasio sobre sua vida, e me vejo sorrindo. Eu quero você vivo.
Mando mensagens. Espero na linha. As horas não passam.
Estou parada no mesmo lugar.
Presa na manhã em que lhe perdi para um outro mundo.
Hoje fazem três anos.
E estou perdendo a sua imagem. Mas não lhe amo menos.
Amo mais. Amo muito mais. E todo dia lhe encontro.
Toda hora nos falamos. Porque quando sinto que não vou conseguir mais,
Fecho os olhos.
Fecho os olhos e estou de volta para vida que todos sonham,
Mas que apenas eu vivi com você.