a compleição forte, própria de jeito gentio, não lhe disse muito do norte.
o engano revestiu-se de malhas profusas e fendidas.
encostado a paredes velhas e rugosas, em demanda que rasga a roupa, lá foi
andando sem que vislumbrasse qualquer curva.
havia.
se as visse, acompanhava-as numa tendência natural de seguidismo. não viu nenhuma mas estavam lá.
confiou que estava certo e que o sentido acompanhava a direção. asneira pura.
em rima direta, não acertou e deitou-se na berma agarrado aos ciprestes crescidos e ao mármore molhado pela cacimba.
com uma garrafa de aguardente quase vazia na mão e a boca seca como parceira, recordou devaneios de que nem tinha de memória.
há coisas tristes.
coisas que não vêm nesta ou noutra história.
olhou-se, ainda matacão, desfeito em pedaços comuns ao que era a aparência.
impacientou-se por não os conseguir juntar e por nem sequer conseguir adormecer de vez.
o liquido também era dele.
a erva viçosa onde se aconchegava disse-lhe que não se importava mas que aquilo não era forma de se dar. mas o que fazer?
talvez esperar.
as pegas esvoaçavam atentas aos anéis que prometiam descartar-se os dedos.
e remédio não havia.
esperou, esperava e ainda espera.
Valdevinoxis
A boa convivência não é uma questão de tolerância.