Isso tudo é pouco pra mim, queria menos que isso tudo, e assim seria o meu muito o pouco que não tenho mais, nem fora me permitido ter um pouco. Assim quis o tempo, mesmo antes d'eu nascer, que tivesse eu tudo de muito. Mas eu queria ter tudo de pouco, um miudinho de grão assim ó, no mar, doutores. Os "burros", por exemplo, são felizes ou mais felizes que os jantantes. A comida, vejam só vocês senhores, sasseia a fome, que é um prato cheio nesta reles vida aonde brincam, os sem muita paciência, de ter lattes. O burro escapa pelas suas tangentes e alcança as minhas mais profundas metáforas de ter muito querendo do pouco fazer parte. Eu quero um pingo, de vez , assim ó, p'reu dançar na chuva. Isso sim, é ter muito, é ser o que sempre quis! Quero ser pouco, um pouco de mar, um pouco de nuvem, um grão que o vento leva pra longe. O meu lattes inexiste no meu pouco querer, que muito me revê em doses homeopáticas