Na parede há uma rachadura indesejada,
Que me fomenta as relevantes perspectivas,
Em dias de chuvas são redundantes os relâmpagos, nos dias de sol por ali adentra,
Solene brisa, entram insetos que não foram
Convidados, e quando chove a umidade
Se acentua,parece incomodo mas eu tenho
Ate gostada, e não me taxem com adjetivos
De demência, já morei antes em edifícios
Bem dotados,não entrava nada nem se quer
As esperanças,as melancolias eram presentes,
E obstantes, moças bonitas, se prostituíam, meras
Raparigas, os idosos não detinham suas vontades,
Paredes novas não se convertem em satisfações,
Lesam meu ser com aparências e nada mais,
Não foi espontânea esta mudança de habitat,
As circunstancias circunscrevem os deslocamentos, falta de renda e o desengano
Costumas, trazem as deformas, mas também,
A luz emana, chegando aqui me deparei com
O inusitado, não há sigilo nem segurança ambiental,
Mas tenho a paz da convivência harmoniosa,
Com estes estranhos, e educados animais,
Quebrando regras ainda não fui infestado,
Por nem um germe,dos que exterminam a
Humanidade, tenho sofrido quando afasto-me
Daqui, e por acaso me enfronho com a sociedade,
Não tenho nada alem do corpo e da alma,
E mesmo assim fui agredido e assaltado,
Pois me levaram as esperanças de futuro,
E o meu agora, é uma parede velha e rachada,
Mas fico aposto como um devido soldado,
Suplico apenas que não remendem minha parede,
Pois certas frestas nos fazem mais aperfeiçoados.
Miguel Jacó