De frente pró mar!
De frente pró mar,
Espelhos de sonhos, defronte!
As mãos a quererem tocar
Novos horizontes!
Em frente ao mar,
Desejos nas velas, enfunadas
Por sonhos em velas votivas;
Ardidas,
Iniciam partidas
Neste defronte ao mar!
Nas espumas das ondas
Escrevem-se incógnitos poemas,
De autores marinheiros;
No mar e terra primeiros!
No regresso trazem novas tentações,
Novas esperanças
E versos das monções!
Depois chegou Camões,
Que na poesia soube navegar,
E desde então,
Defronte ao mar,
De cada onda se faz um poema,
De amor, de saudade,
Dum povo,
Que à sua frente tem um oceano para penar!
Mas, deste penar tiro uma pena,
Para rimar com quem governa,
Que neste mar não sabe navegar,
E tanto tempo demora a naufragar!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueired
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
Gondomar
Figas