Julguei perceber uma cabeça de longe
E uma voz que dizia: - já vens tarde!
Mal tive tempo de aprender da mundividência
Conhecia já algumas causas e uns tantos efeitos
Mas não era isso que ali se tratava.
Uma planície a preto e branco de fotografia
Sem vista para a parte detrás de mim
Figurava-me homens e mulheres ajoelhados
Esquecidos das horas e das lágrimas arrependidas
Eram humanos. Mas também não o eram.
- Ainda assim, sou como o rosto de minha mãe!
Assaz decapitada, no berço da terra inocente.
“A cabeça da humanidade” disseram-me os outros
Ajoelhei como eles. Nada cabia em minhas mãos
“A cabeça da humanidade” também era eu.