Os sonhos tingem os rios
para delírio dos povos submersos
o rio não é água
é espírito
e da eternidade das correntezas
negatórias do caos
o Peixe vaza cometas
na sangueira
que inclui a clave do silêncio
na ironia da morte
quando das entranhas dimensionais
brotam-lhe papiros cujos relatos
revelam caminhos entre as águas
Degole-se a enfadonha moralidade
dos mitos, o Peixe é a insignia
do espírito, ao fogo!
só assim livraremos a Carne
da lama ética das Conveniências
e trajados nos mantos das árvores aquáticas
pisando o Conhecimento
a penetração do Amor, para sempre e além dos limites!
e que o Pôr-do-Sol revele as Cores
das Auras Guerreiras!
Só assim portanto as chamas o Sol
vestida na pele de pétala
com o eco sussurrado do beija-flor e as amantes
você fecha o zíper do crepúsculo
soprando as cores para dentro das crateras lunares
[size=medium]Eriko y Alvym[/size]