Chove. Fico a deriva, olhando pela janela
o piso molhado, espelha
preocupações…angústias…
ruídos agressivos
palavras afiadas com lâminas
e olhares ressentidos e fatais.
Uma criança brinca com a chuva
Oferece-se, recolhe-se
Requebra-se em gargalhadas
Sinto expectativas
no silêncio que ruge por dentro
nunca direi nada, quero agir
na minha luta de amor e morte
sem solidariedade
lembrando o sol
vislumbrando o paraíso perdido
que me chama, além do repúdio
e isso pulula em mim,
OBSESSIVAMENTE!