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,exponho-me aos ventos sem temer os sons das palavras que restaram silenciosas,
e se me falas da morte, ou do mar em sobressalto,
despojo-me de mim.
,dessas preces algum dia pensadas sem hóstias,
ou ajoelhares rastejantes
,salpicam pétalas escondidas pelo crepúsculo em chamas,
nesse tom só nosso conhecido.
,dos outros,
que se acumulam, amontoam, indistintos
quão longe as histórias, tua, minha, queimam as barricadas.
[dir-me-ás infinitos relembrares],
,nascem algumas tempestades passageiras descontroladas de sentires sem as chuvas dos finais outonos ainda tão recentes, recordações,
nasce o desejo em ruínas constantes, oh... cidades despovoadas,
oh... pessoas distantes,
destruídas pelas águas que se cristalizam na tua fé, nas noites adormecidas.
[porque não, e só, os desejos?]
,e, iças-me, assim, apenas sorrindo,
desabrigando-me das figuras que pululam disfarçadas de sombras.
,vem,
[apenas], dizes.
(Ricardo Pocinho)