" Deixe-me partir para o desconhecido de mim, haverá um lugar onde eu posso repousar memórias e abdicar-me da solidão.
Deixe-me partir, despedidas doem-me, fazem-me chorar as saudades que cantamos no leito das ousadias que um dia tornamos tão reais, não sentirás minha falta então para que ficar?
Amputarei em breve os membros atrofiados, não me servem de mais nada, tenho medo, tenho raiva...
Amputarei com eles meu coração, minha mágoa, desilusão, essa paixão que ainda resiste e insiste na mais profunda aridez do coração. Não fale das minhas tristezas, não reclame das minhas perseguições, não critique o amor que sobra, que doa, que é extremo. Você jamais entenderia, você jamais o entendeu e o negou tão forte que seu orgulho apunhala o meu olhar, olhar que era teu, que só te via, te sentia, te buscava.
Nada resta, nada! Fatalidade, perda, inutilidade é assim que sou, é assim que fazes-me ser.
Então...
Deixe-me partir sem o pulsar do pranto, sem o adeus do encanto, sem o sentir.
Deixe-me partir sem despedidas."
Por favor não vais ...
Cada palavra brotada de ti, não nasce uma só flor, mas sim um jardim …apesar desta sua composição, trazer o perfume das lágrimas e do adeus…
Te peço para ficares, existem almas que precisam do teu sentir … e a única coisa que tens que amputar, é esse medo, é a descrença de um novo começo, recomeço ….De compreenderes melhor esse seu coração mágico, que consegue fazer sorrir uma pedra gelo, mostrar a um cego, com a perfeição, as cores do céu …
Se o seu amado não escuta o seu amor, fale alto com a sua alma e o coração nas mãos …
Acredito que ele é um sonho e um sonho precisa de outro sonho para se tornar real, então precisa do teu acreditar do teu não desistir…, da tua esperança, porque és sonho maior, porque os teus olhos inocentes não desmentem o que sentes ….
Um abraço sereno e por favor fica …
Mais uma vez obrigado pela sua delicada escrita .
Ensinamentos gramaticais são como remendos de tapeçaria …
Quanto a minha escrita, não passa de um balão roto que gostaria de voar …
Por isso aqui estou como aprendiz, contemplando as palavras dos outros que fazem da poesia o seu sopro …